segunda-feira, maio 05, 2003

MANGUASSA

Já cantava Inezita Barroso...
A marvada pinga que me atrapaia....
Claro que todo mundo já ouviu esse versinho lá do interior da vida. Piracicaba é lá perto.
Ontem me ligou um amigo de sampa city pedindo uma cachaça da boa, daquelas que a gente toma uma vez e não esqueçe jamais, hoje eu estou inspirado. Não esquece pelo paladar ou pelo gosto, ou até mesmo por deixar de gole e zonzo. Pinga é foda. Já tomei porre de pinga e não gostei. Fiquei de molho uns dois dias. Precisou de contra ataque, um porre de birra, aí eu curei. Eu não estou falando de caipirinha, ou pinga com outro limãozinho qualquer, estou falando de pinga pura, branquinha, sem nada, daquelas que os manos pedem em um balcão de bar e viram de um gole só. ETA... Já tomou??? Se não, então toma e depois você me fala. Os amigos do sítio, quando a gente chega, sempre oferecem uma cachacinha, dizem que é feita logo ali mesmo, no alambique da família. Copo lavado na própria pinga, um pouquinho para os deuses e vamos lá. De um gole só. E fica feio não aceitar, tem que tomar. Para eles é o símbolo da macheza. Se não aceitar eles já olham meio desconfiados. Acho que por isso os paulistanos, da capital querem tanto uma pinga boa, para afirmar a sua macheza.
Fui me informar onde encontrar a tal pinga boa, a cachaça. Perguntei aqui, ali, no vizinho do lado, no vizinho da frente e a melhor informação foi de que eu podia encontrar na ESALQ, do setor da vacas, em frente, não sei o que pinga tem a ver com vaca. Deve ser por causa do bagaço que é o café das vacas. Será??? Para quem não sabe, ESALQ é a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, em Piracity é claro. Uma grande escola, meu pai, meus tios, e um montão de gente que eu conheço estudou lá. Vou lá ver e comprar a tal pinga boa. Espero que meu amigo goste.