quarta-feira, junho 25, 2003

O CU DA MARIA JOANA
Quando a confusão está instalada e gente fica meio perdida, meio sem jeito, meio não achando nada, apelamos para São Jorge ou para a coitada da MARIA JOANA, quem nunca ninguém sabe quem é, ou já viu. Nem sei porque esse nome. Ela sofre mesmo, igual a mãe de juiz de futebol. Coitadas. Tanto a mãe do juiz como a Maria Joana devem ser santas, ou devem estar santas de tanta apelação. A mãe do juiz sem querer nem saber porque tem residência oficial na zona e a Maria Joana já deve ter comprado de almofadinha de hemorróidas a pomada Minâncora e mesmo assim fica com o cu arrombado, não tem remédio. “Ia haram”. Como sempre dizia a minha avó. “Haram”(coitadas) delas. Quem nunca chamou ou pelo menos pensou na Maria Joana ou na mãe do juiz?? Claro, são figurinhas carimbadas na nossa língua diária. Nas nossas desavenças com uma coisa que não da certo ou nas nossas manifestações na hora de chutar o pau da barraca. Quem já não se manifestou??? Todo mundo já se manifestou. Pode até mesmo não se lembrar, mas a Maria Joana e a mãe do juiz já sentiram de perto o nosso carinho por elas. Elas até mesmo acabam doando a sua contribuição, ajudam, mesmo sendo lembradas sem muito afeto. Ajudam a descarregar a tensão (aquilo que alguém pensou é outra coisa) e levar à coisa mais adiante. Não é meio gostoso gritar para o juiz e chamar a mãe dele de vadia??? Não é um alivio falar que a confusão toda é o cu da Maria Joana??? Palavrões, palavras chulas, xingamentos e gritos acabam sempre como descongestionantes da nossa alma. A confusão toda fica menos confusa quando o cu da Maria Joana é colocado em jogo. O jogo de bola fica mais nervoso quando o juiz mete a mão, aí tem que chamar a mãe dele, que nos nossos gritos enche o peito de ar fazendo respirar mais e leva mais rápido o sangue para o cérebro. Quero aqui deixar meus agradecimentos e reverências as sempre lembradas, mãe do juiz e a Maria Joana. Meu muito obrigado.