domingo, outubro 13, 2002

JERUSALLEM

Hoje vou falar pouco, vou tentar escrever um texto mais curto, acho meio difícil mas vou tentar, é que quando começo a escrever tendo na cuca uma idéia do que falar, as coisas vão surgindo, vão fluindo, a caneta se empolga e desliza muito mais... E a pedido do André que falou que tem saudades dos meus textos enormes...(será que é gozação???), vou tentar falar menos.

JERUSALLEM, é o centro do mundo, igualzinho NY city, que é o centro das compras, centro financeiro, centro do oba-oba dos ricos, JERUSALLEM também é o centro, centro das pessoas que querem olhar mais fundo, é o centro da espiritualidade, onde todo mundo quer ir e encontrar o que sempre procura, nada a ver com esoterismo, ou coisas do alem, o que todo mundo quer encontrar é um pouco de paz, paz de espírito, aquela sensação de estar voando lentamente num mar de nuvens, igual algodão, de estar de bem com a vida, de estar sorrindo e cumprimentando os amigos, de estar junto com a família e sentando numa mesma mesa, mesa farta, com pão crocante e suco de fruta gelado, é mais ou menos isso que eu fui ver e que outros também foram ver lá em JERUSALLEM, a capital do mundo, o centro da paz.
Lá os judeus tem o seu canto, os muslem o deles, os cristão também tem o seu, mas nenhum canto é exclusivo, mesmo os judeus tendo mais armas e colocarem uma porrada de seguranças armados, o canto deles não fica sendo só deles, até japonês vai lá, vai meio sem jeito, vai com a câmera pendurada no pescoço mas vai, vai ver o que o Salomão mostrou para a rainha de Sabá. Vai ver um muro grandão, cheio de mato crescendo no meio das frestas e um montão de gente batendo a cabeça no muro... coisa mais maluca. Para bater a cabeça no muro não precisa ir a JERUSALLEM, tem o Juqueri aqui pertinho.
Em cima do muro tem a Cúpula Dourada, o centro de uma mesquita mais sagrada, marco do Islã, do que os judeus tem uma certa inveja por ser muito, muito mais bonita que o muro deles, e também por estar mais em cima, é claro. Onde até o santo do do Ariel, 1º ministro deles foi rezar, ele disse que não, mas com certeza ele foi lá foi ver o que o muro deles não tem.
Os cristãos tem o seu canto também, o Calvário, as igrejas mais sagradas, não é como Monte Carlo que a gente vai e faz o circuito dos carros de corrida, passando pelo túnel e em frente o Hotel de Paris, em JERUSALLEM, a gente vai e faz o circuito de outro acontecimento, um acontecimento muito mais antigo e mais sofrido, aquele por onde o Cristo andou carregando uma cruz pesada, a Via Curxis. A gente passa pela fonte, passa pela janela de Madalena, (acho que por isso as Madalenas da vida sempre tem um janela), e por todos os postos onde Jesus passou.
Ali pertinho na cidade de Belém, como se fosse um bairro de JERUSALLEM, fica a igreja da Natividade, onde tudo leva a crer que foi lá que o Cristo nasceu, foi lá que estava a manjedoura onde o Cristo veio ao mundo. Um lugar sagrado. Lá a gente reza, fica meio emocionada, ajoelha e pede paz, e fica pensando na pequena criança iluminada que nasceu ali.
Depois dos lugares mais sagrados sempre tem o lado das compras, das lembranças para trazer aos amigos, para os mais chegados, e para os que não foram... O que se procura acha e se não procurar também acha, e haja cartão, se tiver notas vivas, "massari", "l'argent", grana mesmo, sai mais barato, ninguém quer declarar nada, nem os santinhos que vendem nas pracinhas são declarados, nada se declara, mas tudo se vende, se tiver algum jeito de fazer mais pechincha e de ser mais simpático, ou se conseguir falar um pouco de árabe, só um pouquinho é suficiente, ai você acaba levando a banca inteira, e até acaba sendo convidado para um chazinho, chazinho de hortelã, é claro...
Em JERUSALLEM...
PS. A idéia era escrever sobre um caso lá em JERUSALLEM, quando eu encontrei uma jovem senhora, bonitinha mas nem tanto, baixinha, loirinha, com cara de santa, só a cara, mas vai ficar muito longo, e o caso eu conto depois, numa outra história.

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