SÍRIO OU LIBANES?
Minha avó já me contava que não existe diferença entre sírios e libaneses, que todos eram da mesma região, a Grande Síria. Mas, como os árabes são meio cabeças duras, precisaram achar alguma coisa para fomentar a discussão. Quem não se lembra do Hospital? Teve que intervir o exercito para aclamar os ânimos, Parecia jogo de futebol de várzea, onde o juiz tem mais que apartar brigas do que apitar o jogo. Brigas bobas, é claro. Hospital Sírio-Libanês, ou Hospital Libanês-Sírio??? È para contar em programa de piadas. Acho que no fundo todos os lados queriam mesmo é estar sempre juntos, brigando, discutindo, mas sempre um do lado do outro. Não se separam jamais. Unha e carne. Namorados. Deve ser mesmo, porque essa discussão já faz um tempão. Até na Barraca árabe da Festa das Nações lá de Piracicaba, que antes de ser árabe era Sírio-Libanesa teve um qüiproquó. Uma turma de São Paulo veio para apresentar danças típicas, dabq e outras danças mais. Quando chegou e viu a faixa da barraca Sírio-Libanesa, partiu para a briga, arrancou a faixa e pendurou no lugar uma bandeira do Líbano. Mas que é isso??? Estamos no Brasil, somos irmãos e não oponentes. O Sr. Michel Arbex ficou indignado, tentou falar com calma, mostrar que não tinha nenhuma rixa, que se quisessem mudar o nome da barraca nome para Libanesa-Síria até que podiam que não ia mudar nada. Mas em cabeça dura não entra sem martelada. Depois disso, o nome mudou para barraca árabe. Até hoje na Sociedade Síria existem os dois lados. Um Libanês ferrenho, outro mais calmo o dos Sírios. Eu fico meio no meio, um grupo puxa daqui, outro me puxa dali, todos querem me ver do lado deles. Um grupo afirma de pé junto que sou libanês e não arreda o pé. O outro grupo outro diz que sou sírio, que meu avô era sírio, que a cidade onde ele nasceu era na Síria, que a santa que é minha ascendente e representa minha família no reino do Senhor era Síria e que por um monte de outras razões eu sou sírio. Prece jogo da corda, cada grupo puxa de um lado. Quando será que essa briga, muito sem propósito, vai acabar? Parece que com as novas gerações a coisa ficou mais calma, os mais moços têm outras coisas com que se preocupar, isso é bom. Afinal, somos todos irmãos, todos falamos a mesma língua, comemos os mesmos kibes e as mesmas esfihas.
sábado, maio 31, 2003
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário